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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A FALTA DE CAPACIDADE E A CONTAMINAÇÃO POR ELA NO MUNDO CORPORATIVO

Desde os meus 14 anos de idade conheço o que significa responsabilidade profissional. 
Sim, tudo começou na pequena cidade de Teodoro Sampaio/SP, em um mercado chamado Luzitana. Lá iniciei na função de empacotador; (no tempo do cartucho de papel); e passei por diversos setores do supermercado: grãos e farináceos à granel, horti-fruti, reposição de mercadorias, conferência, estocagem e entrega. Em um período curto pude ter o prazer de conhecer todos esses setores e tudo graças à um fator único: Desempenho.
Meu antigo patrão viu em mim a necessidade da apresentação de novos desafios, pois por cada um dos setores que passei eu apresentava não só o interesse em fazer  o serviço bem feito, mais ainda, de conhecer os serviços desempenhados nos outros setores. Mas toda essa experiência se resumiu a apenas 10 meses.
A questão sobre a qual quero falar não é a empresa, o patrão, os serviços, mas sim a busca; que desde aquela época; sempre demonstrei ter pelo conhecimento e desenvolvimento pleno de minhas funções.
Ao longo de 26 anos de trabalho contabilizei 19 registros em minha carteira profissional, havendo passado por diversas áreas de atuação e segmentação: de atendente de balcão de padaria à supervisor de área de restaurante de uma rede de fast foods, de caixa de loja de varejo a gerente, de representante comercial à supervisor e gerente de vendas, de office-boy à administrativo de obras, de operador de suporte técnico à analista de qualidade e supervisor de call center. Algumas pessoas podem até perguntar o por quê de eu não ter me firmado em uma área ou segmento e eu só tenho uma resposta a dar: - Não encontrei espaço para dar continuidade à minha ascensão dentro das corporações das quais hora fiz parte.
Em todas essas empresas pelas quais passei, infelizmente para mim, encontrei pessoas que em sua falta de capacidade "profissional" acabaram que, dando um jeitinho de me prejudicar. Algumas vezes por medo de eu tomar suas posições, outras por não aceitar minha forma de ser e agir e outras, ainda, por pura incompetência.
Agora vamos deixar claro: o assunto aqui não sou eu..., o assunto a ser tratado é a capacitação profissional.
Para que possamos ter êxito, para que no fim do mês o dinheiro das contas esteja depositado no banco nós devemos cumprir nossas responsabilidades profissionais. Mas não é só isso. Para mantermos nossos empregos e continuarmos a ter com o que pagarmos nossas contas e adquirir bens; dando até um mínimo de conforto às nossas famílias; devemos buscar a constante capacitação profissional.
Temos que ser e ter diferenciais, comparados aos demais profissionais que estão no mercado.

Mas como ser um profissional diferenciado? 
Como ter um diferencial?
A resposta é mais simples do que se possa imaginar: Capacitação.
Capacitação não é nada mais do que tornar-se capaz, efetivamente apto a exercer a função à qual foi contratado.
No caso de serviços administrativos, por exemplo, tem-se que buscar o conhecimento das rotinas, dos métodos mais adequados para execução de tais rotinas e das prioridades na realização de cada uma dessas rotinas; sabendo diferenciar o que é importante do que é urgente.
Já na área comercial é necessário o conhecimento apurado dos produtos e serviços prestados com preocupação focada na identificação das necessidades de cada cliente e contratante, garantindo assim, maior segurança e confiabilidade por parte de cada um deles.
Feito isso, você se torna um ponto em destaque quanto aos demais funcionários de seu meio corporativo.

O que vemos hoje em dia são profissionais incapacitados que preocupam-se apenas com a realização do que lhes é ordenado, sem a preocupação com o resultado final de seu trabalho; (robôs).
Isso acaba por acarretar na ineficácia das ações adotadas no ambiente corporativo, pois quem estiver na área administrativa irá realizar trabalhos de forma desordenada e trará para seu meio corporativo a sensação de trabalho excessivo sem resultados visíveis, estando ocupado o tempo todo durante toda a carga horária de trabalho, porém sem conseguir efetivamente dar conta da demanda.
Já na área comercial ou de prestação de serviço podemos identificar tais "fracassos" profissionais na apresentação de produtos e serviços que muitas vezes o cliente ou contratante não tem real necessidade. Isso acaba; muitas vezes; por transmitir a imagem de amadorismo, falta evidente de preparo.
O que deve-se tomar cuidado, no entanto, é com o reflexo das ações na busca pela capacitação e com a aplicação dos conhecimentos e capacidades adquiridas através dela. Muitos chefes; (deveriam ser líderes); sentem-se incomodados com idéias novas; (que não são oriundas deles); e com ações independentes; (mesmo que sejam eficazes e em favor da corporação); pois sentem-se ameaçados e com isso; muitas vezes; acabam em sobrecarregar o profissional que está se destacando, no intuito de provocar a falha ou de evidenciar uma aparente incapacidade de cumprir com as tarefas a ele destinadas.
Essa sobrecarga pode vir através de tarefas simples, porém diversificadas e de grande demanda ou de cobranças de objetivos impossíveis de serem alcançados. 
Daí a identificação de que, o mundo corporativo pela sua competitividade, ao invés de promover o crescimento e aperfeiçoamento profissional; por conta de muitos chefes incapazes; tem dado origem a uma geração de profissionais incapacitados pela acomodação ou falta de orientação, e ainda, pelo receio de destacar-se e tornar-se um possível alvo na mira de seus chefes.
Mas não podemos nos deixar contaminar, não podemos esmorecer na busca pelo sucesso e reconhecimento profissional. Se não pela empresa para qual se trabalha, ao menos pelos clientes, contratantes e colegas de trabalho, que por muitas vezes buscam um ponto focal para se espelhar.
Acreditemos que, alguma hora, em algum lugar e por alguém seremos notados; e sim; devemos nos fazer notar, ainda que incomodemos os incapazes, ainda que sejamos; (vamos torcer pelo contrário); prejudicados, ainda que fiquemos passando de empresa em empresa, mas que isso ocorra por buscarmos a excelência. 
Acreditemos que uma hora os chefes; (líderes de mentirinha); serão realmente desmascarados e que as corporações iniciarão uma mudança de filosofia, onde o bom profissional será aquele que pensar e mostrar o que pensa, que agir e nas suas ações trazer benefícios à empresa como um todo e por isso for reconhecido.
Saiamos na frente, cada qual em sua área de atuação, em sua empresa, em seu meio sócio-econômico-cultural, pois fazendo isso alcançaremos o sucesso com maior brevidade.
Iniciemos uma revolução corporativa-profissional com foco no sucesso pessoal, inter-pessoal, profissional e corporativo.
Não nos acomodemos..., vamos nos capacitar não só como profissionais, mas como pessoas.

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