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quarta-feira, 1 de abril de 2020

CORONAVÍRUS: SAIBA MAIS SOBRE O COVID-19



SOBRE CORONAVÍRUS

CORONAVÍRUS:

Os coronavírus; (CoV); são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS; (SARS-CoV); sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.
Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS; (MERS-CoV).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Os coronavírus humanos comuns causam infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.
O MERS-CoV, assim como o SARS-CoV, causam infecções graves. Para maiores informações sobre as manifestações clínicas do MERS-CoV, acesse a página sobre MERS-CoV.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

De 2 a 14 dias

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

TRANSMISSÃO INTER-HUMANA

Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada. Com relação ao MERS-CoV, a OMS considera que há atualmente evidência bem documentada de transmissão de pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que ocorra transmissão sustentada.

TRANSMISSÃO

De uma forma geral, a principal forma de transmissão dos coronavírus se dá por contato próximo* de pessoa a pessoa.

* Definição de contato próximo: Qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente; (Ex.: morado junto ou visitado).

FONTE DE INFECÇÃO

A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou, pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado com morcegos. Também  existe a probabilidade de haver um reservatório animal para o  MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos.


SOBRE COVID-19

O SURTO DO NOVO CORONAVÍRUS; (COVID-19); SE TORNOU UMA EPIDEMIA?

Até 10.03.2020 haviam sido registrados cerca de 118 mil casos de infecção pelo COVID-19, tendo causado aproximadamente 4.200 mortes. A grande maioria dos casos estava concentrada na China e países vizinhos, como a Coreia do Sul, mas no início de Março houve um aumento dos registro em diversos países da Europa e também na América do Norte. No Brasil, temos 34 casos confirmados* nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Minas Gerais e Espírito Santo; (*Dados até 10/03).
Especialistas afirmam que o COVID-19 tem alto potencial pandêmico, por conta de sua disseminação global acelerada, e sua transmissão avançada em várias regiões do mundo, como Coreia do Sul, Japão, Irã, Itália, Espanha e Estados unidos.

TRANSMISSÃO

A transmissão dos subtipos do coronavírus pode se dar por 3 formas:

- Por vias respiratórias, através do ar e de gotículas provenientes de espirros, tosse ou da fala de indivíduos infectados;
- Por contato físico, como beijos, abraços e apertos de mão;
- Por meio do contato de superfícies contaminadas, como corrimãos, maçanetas, etc.

Calcula-se que para que haja a transmissão do vírus, as pessoas têm que estar a cerca de 2 metros de outra contaminada, em ambientes fechados.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde; (OMS); o tempo entre a infecção pelo coronavírus e o início dos sintomas da doença varia de 2 a 14 dias. O período de incubação é o mesmo para todos os subtipos do vírus, inclusive do COVID-19. Ainda em estudo a possibilidade de transmissão da doença antes do aparecimento de sintomas.

SINTOMAS DE DOENÇAS CAUSADAS PELO CORONAVÍRUS

Tosse seca, febre e cansaço são os principais sintomas, mas alguns pacientes também podem sentir dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação na garganta ou diarreia.
Já nas síndromes respiratórias mais graves, as complicações podem evoluir para fases agudas, insuficiência renal e até mesmo levar à morte.

COVID-19 E A GRAVIDADE DA DOENÇA

Enquanto nos casos de SARS e MERS, a mortalidade variava em torno de 10% e 36%, respectivamente, as infecções pelo COVID-19 registram cerca de 2% de mortalidade. Já a Influenza H1N1 registrou cerca de 14% de mortalidade, sendo que a Gripe comum, também conhecida como Influenza Sazonal, causa cerca de 0,1% - 0,4% de mortes. Portanto, se levarmos em consideração os casos mais brandos, que acabam não sendo registrados, os índices de letalidade do COVID-19 estão mais próximos da Gripe comum do que do SARS ou MERS.
Vale ainda ressaltar, que, assim como ocorre com outras viroses respiratórias, incluindo a gripe comum, os maiores grupos de risco permanecem em pessoas que possam ter o seu sistema imunológico comprometido, como idosos, crianças menores de 2 anos e pacientes portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, câncer, etc.

DEFINIÇÕES DE CASOS SUSPEITOS

São definidos como casos suspeitos, os pacientes que apresentam sintomas respiratórios; (Coriza, Febre, Mal-Estar, Tosse, Dificuldades para respirar, Congestão Nasal, Inflamação na Garganta); e estiveram em regiões de risco nos últimos 14 dias, ou aqueles que tiveram contato com pessoas comprovadamente infectadas pelo COVID-19 neste período.

DIAGNÓSTICO

A Anvisa; (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); aprovou 6 novos tipos de testes para o coronavírus no dia 26.03.2020.
Agora existem 17 tipos; que podem ser de utilidade para o diagnóstico de infecções pelo COVID-19; registrados no Brasil, segundo a Anvisa.
Nos últimos dias, a Agência já havia aprovado 11 testes para diagnóstico do coronavírus, a maioria testes rápidos.
Atualmente os testes no país usam a técnica de PCR.
Trata-se de um modelo que tem alto grau de precisão e é considerado "padrão ouro" para testagem. O tempo de análise; porém; é maior e leva em torno de 4 horas; (somados outros processos, o prazo sobe para até 2 dias).

TRATAMENTO

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não existe tratamento específico ou vacina contra o COVID-19. O tratamento indicado para pacientes infectados é apenas para alívio dos sintomas, como repouso e ingestão de bastante água, além de medicamentos analgésicos para dor e febre. Entretanto, existe uma corrida da comunidade científica e empresas de alta tecnologia que prometem o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para se prevenir de doenças causadas por coronavírus COVID-19 e também outras viroses respiratórias as principais medidas preventivas são:

- Evite contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias ou que tiveram contato com pessoas comprovadamente infectadas;
- Lave bem as mãos com água e sabão e/ou utilize álcool gel, sendo que apenas água não basta;
- Utilize lenços descartáveis sempre que precisar assoar o nariz;
- Evite tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca, mesmo com as mãos higienizadas;
- Evite compartilhamento de objetos de uso pessoal, como copos, talheres e toalhas;
- Evite aglomerações e multidões em ambientes fechados;
- Em casa, limpe regularmente os ambientes e mantenha-os ventilados;
- Cozinhe bem os alimentos, principalmente ovo e carnes;
- Só ingira água e líquidos filtrados ou fervidos.

O USO DE MÁSCARAS AJUDA NA PREVENÇÃO?

O uso de máscaras respiratórias, luvas e gorros, não têm indicação em pessoas saudáveis. Estes equipamentos de proteção individual devem ser reservados apenas para aqueles casos definidos como suspeitos, pois são utilizados para prevenir a transmissão de pessoas infectadas para outras.

EXISTE MOTIVO PARA PÂNICO EM RELAÇÃO À INFECÇÃO PELO COVID-19?

Até o momento, pelos dados divulgados, o que se sabe é que se trata de uma infecção viral respiratória que causa, na grande maioria dos casos, sintomas respiratórios que variam de leves a moderados, semelhantes aos sintomas da Gripe Comum; não havendo, portanto, motivo para pânico. Os grupos de pessoas que podem estar em maior risco e que devem ter maior atenção com as medidas de proteção incluem as pessoas com algum grau de deficiência no seu sistema imunológico, que regula as suas defesas, incluindo idosos; (> 65 anos); portadores de doenças crônicas; (diabetes, hipertensão arterial, AIDS, câncer, etc). Apesar de não haver muitos relatos de infecções em crianças; (< 2 anos); elas também devem ser consideradas como grupo de risco, e o mesmo pode ser aplicado a gestantes.

Fontes:
CVE - Centro de Vigilância Epidemiológica

Natália Cancian - www.folha.uol.com.br
  Angela Boldrini - www.folha.uol.com.br

Dr. Helio Magarinos Torres Filho-Richet Medicina & Diagnóstico
World Health Organization
Centers for Disease Control and Prevention

O diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, Dr. Helio Magarinos Torres Filho, concedeu uma entrevista à Globo News; no dia 31.01.2020; sobre o Coronavírus, e tirou algumas dúvidas sobre o vírus.


Dr. Helio Magarinos na Globo News
Diretor Médico      CRM 52.47173-0
Diretor do Richet Medicina & Diagnóstico, Helio Magarinos Torres Filho é Médico formado pela Universidade Federal Fluminense, especializado em Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e possui MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Helio Magarinos também é Membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clinica; (SBPC); da American Association for Clinical Chemistry; (AACC); da American Society for Microbiology; (ASM); da American Molecular Pathology; (AMP); e da European Society for Microbiology and Infectious Diseases; (ESCMID).

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