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sábado, 29 de novembro de 2014

A DESPEDIDA AO TRAGICÔMICO HERÓI DE TODOS NÓS


Morreu neste  28 de Novembro de 2014 em Cancún; México; um herói de pelo menos três gerações no Brasil e em países da América latina e de quatro gerações no México. A morte ainda não teve causa confirmada, porém Roberto sofria de problemas respiratórios crônicos e estava, já à algum tempo com a mobilidade reduzida.
Roberto Gómez Bolaños nasceu na Cidade do México em 21 de Fevereiro de 1929, sendo assim, despediu-se deste mundo que tanto ajudou a alegrar aos 85 anos.
Mais conhecido como Chespirito, foi um ator, escritor, comediante, dramaturgo, compositor e diretor de televisão mexicano. Ficou conhecido mundialmente pela criação das séries televisivas El Chavo del Ocho; (Chaves) e El Chapulín Colorado; (Chapolin); e com o Programa Chespirito; (apresentado aqui no Brasil dentro da mesma grade que Chapolin); que ganhou o título de o programa número 1 da televisão humorística, as quais lhe trouxeram grande prestígio e garantiram-lhe o reconhecimento como um dos escritores comediantes mais respeitados do mundo. Era sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños; (de 1964 à 1970).
Filho da secretária bilíngue Elsa Bolaños Cacho e do pintor, cartunista e ilustrador Francisco Gómez Linares, Roberto Goméz Bolaños se formou em engenharia elétrica na Universidade Nacional Autônoma do México, mas nunca exerceu a profissão. Começou sua carreira como escritor criativo, através do rádio e televisão durante a década de 1950, quando começou a escrever roteiros para programas da dupla Viruta e Capulina; (Marco Antonio Campos e Gaspar Henaine). Também fez vários roteiros de cinema e começou a representar como ator em 1960, no filme Dos Criados Malcriados. No entanto, continuou a dedicar a maior parte de seu tempo a escrever, contribuindo para o diálogo de scripts e filmes de televisão mexicana.
"Chespirito" é a forma diminutiva e castelhanizada do vocábulo inglês Shakespeare (Chekspir). Tal apelido foi dado a Bolaños pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, que o considerava um pequeno William Shakespeare, capaz de escrever histórias tão prolíficas e versáteis quanto o autor inglês. Roberto ganhou este apelido quando escreveu o roteiro para o filme Los Legionarios, primeiro filme em que Chespirito trabalhou.
Em 1968, começaram as transmissões Independentes de Televisão no México e Chespirito foi chamado como escritor para a realização de um programa com duração de meia hora. E assim, nasceu "Los Supergenios de la Mesa Cuadrada". Ao lado de Chespirito, contracenavam Ramón Valdés, Rubén Aguirre e María Antonieta de las Nieves.
Em 1970, o programa teve sua duração aumentada. Nessa época, surge o Chapolin Colorado, um herói atrapalhado. Um ano depois, foi criado o personagem que se tornaria o maior sucesso de Bolaños, Chaves. Ambos os personagens funcionaram tão bem que as sketches se tornaram séries independentes de 30 minutos de duração em 1973, após o fim do Programa Chespirito.
Apesar de ser mais conhecido pelos papéis Chaves e Chapolin, Chespirito também foi autor de vários personagens, como Chompiras, Dr. Chapatin, Vicente Chambon e Chaparrón Bonaparte.
Por causa de seus roteiros recorrentes, os programas se tornaram sucesso em todo o mundo, graças a simpatia de Roberto Gómez Bolaños e do grupo de atores em distintas épocas formado por Carlos Villagrán, Ramón Valdés, Florinda Meza, Rubén Aguirre, Édgar Vivar, Angelines Fernandez, Raúl Padilla, Horacio Gómez Bolaños e María Antonieta de las Nieves, que também encontraram a fama internacional.
Em 1980, seus sketches criaram um programa de uma hora semanal chamado de "Programa Chespirito", e permaneceu no ar até 1995.
Chespirito também estrelou em filmes mexicanos, escritos e realizados por ele mesmo como "El Chanfle" e "El Chanfle 2", "Don Ratón e Don Ratero", "Charrito" e "Música de viento".
Em 1992, recebe o "Prêmio de Literatura da Sociedade Geral de Escritores do México" pelo roteiro da peça "La Reina Madre".
Em 2000, a rede de televisão mexicana Televisa homenageou todo o elenco dos seriados Chaves, Chapolin e Chespirito com o programa "¡No contaban con mi astucia!", ano em que o seriado completava 30 anos.
Em 12 de novembro de 2009, Chespirito foi internado em emergência em um hospital na Cidade do México. De acordo com declarações de seu filho Roberto Gómez Fernandez, Chespirito teve uma complicação da próstata, e teve de fazer uma cirurgia.
Em 28 de maio de 2011, Chespirito abriu sua conta no Twitter chegando em menos de um dia mais de 170.000 seguidores, o segundo dia um total de 250.000 seguidores.
Em 2012, um evento denominado América celebra a Chespirito em comemoração aos quarenta anos de carreira do ator foi programado para ocorrer em 17 países, entre eles Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Equador, Estados Unidos, México, Peru e Nicarágua.
No dia 20 de novembro de 2013, foi condecorado com o Premio Ondas Iberoamericano pela trajetória destacada na televisão mundial. Roberto faleceu aos 85 anos em Cancún, no México.
Bolaños casou-se pela primeira vez com Graciela Fernández Pierre, falecida em 26 de agosto de 2013. Tiveram 6 filhos Paulina, Graciela, Marcela, Teresa, Cecília e Roberto; este casamento durou de 1958 a 1977.
Depois de 27 anos convivendo com Florinda Meza, a atriz que interpretava a maioria dos personagens femininos inclusive a Dona Florinda, Bolaños casou-se com ela, no dia 19 de novembro de 2004, e comemorou com uma grande festa num restaurante da Cidade do México. Com Florinda Meza não teve filho algum, por ter feito uma vasectomia.
Esta é uma pequena, porém sincera e sentida homenagem a este gênio que alegrou muitas manhãs e tardes da minha infância e acredito que, de muitas outras pessoas de várias idades.
Torçamos para que possam surgir outros Robertos Bolaños. Quem sabe assim, o mundo não se torne um pouco mais alegre e divertido. 

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